Será que o calor existiria caso não houvesse ninguém para o sentir?
Em definição física, o calor existe apenas como um conceito abstrato de transferência de energia. Ele é o fenômeno que ocorre quando energia térmica é transmitida de alguma forma de um objeto para outro, ou de um sistema para o ambiente e vice-versa. Em resumo, o calor depende da interação de dois objetos.
Se nós imaginarmos que o Sol fosse o único objeto no universo inteiro, uma vez que sua radiação fosse emitida, ela se propagaria indefinidamente pelo espaço (respeitando, é claro, as regras de expansão do universo). Desse modo, quanto mais passasse o tempo, menos concentração de energia luminosa estaria disponível por metro cúbico de espaço. No instante arbitrário em que a variação de tempo pudesse ser considerada infinita, não haveria mais nenhuma energia em todo universo, dado que o Sol já estaria morto.
Se ao invés disso, nessa realidade existisse além do Sol uma Lua também, quando a radiação solar atingisse o solo lunar, não se poderia dizer que a lua perceberia a energia transferida.
Em nossa realidade, contudo, nós existimos e a radiação solar nos atinge, e nós percebemos o quanto ela adiciona de energia aos nossos corpos. Quando a luz solar atinge um cadáver, nenhuma informação é gerada na consciência de humano algum, e, para descobrir que houve uma transferência de energia entre o Sol e o outro objeto inanimado, teríamos de submeter o cadáver à estudo. O único momento em que a energia seria reconhecida seria o momento em que um ser humano vivente descobrisse a sua história.
O que em essência essas palavras querem dizer é que um objeto inanimado por si só não é capaz de gerar informação. Voltando ao exemplo da partitura, temos que, por si mesma, a tinta numa folha de papel que em nossas mentes representa uma partitura não fornece nenhuma informação musical a nenhum tipo de receptor que não um ser humano educado em teoria musical! Da mesma forma, a existência da própria folha de papel não fornece nenhuma informação sobre si mesma a um ser vivo que não é capaz de compreender a função dela entre os outros objetos ao seu redor. É o mesmo caso de como levamos um consideração um grão de areia quando vamos à praia. O grão em si não existe, o que existe é a areia, e, em última instância, o que existe é “a praia”.
Ao entendermos uma folha de papel como “o que ela é”, estamos dando-lhe um significado que nós criamos e a partir desse significado a separamos do resto do universo. Não pensamos mais nela como um agregado de moléculas, e sim como um objeto maciço que serve para receber tinta. E da mesma forma fazemos com todos os objetos que tentamos conceber, muitas vezes generalizando, outras poucas vezes tentando focalizar o máximo possível na especificidade deles.
É por essa razão que, num universo onde existisse apenas o Sol e a Lua, a Lua não seria capaz de perceber o calor advindo do Sol. Não haveria, pois, nenhum significado ou conceito atrelado aos dois objetos. Como se pode dizer, afinal, que a energia que antes estava aprisionada em átomos de hidrogênio e que foi repelida numa explosão no interior do Sol deixou de ser caracterizada como “parte do Sol”? Certamente ninguém estaria lá para definir esses conceitos. A lei de equivalência entre massa e energia está lá pra comunicar que a natureza não se importa com a forma com que a existência se manifesta, ela continua sendo a mesma coisa que era antes.
Apesar de tudo isso, quando a energia solar nos atinge, um novo elemento é adicionado à equação. Não nos sentimos mais os mesmos, uma nova informação é então gerada. Não fomos nós que criamos o Sol a partir da nossa imaginação e através disso causamos a nós mesmos a sensação de calor, embora seja possível obter essa sensação a partir da imaginação, mas foi o próprio Sol que nos atingiu com sua energia e esta por sua vez foi capaz de estimular alguma alteração no nosso interior.
O Sol existe, mesmo que seja entendido apenas como um conceito abstrato até mesmo em nossas concepções científicas. Isso é fato dentro do contexto examinado nestas linhas, até aqui não se pôde provar o contrário. Contudo, aconteça o que acontecer com ele, o universo no interior e ao redor dele não sofrerá nenhuma alteração, a menos que essa alteração possa ser detectada. A variação de energia, a transmissão de energia precisa ser medida para que sua existência adquira significado. E, para efeitos de medição, ela só pode ser sentida. O calor, portanto, jamais existiria caso nós seres vivos não estivéssemos aqui para senti-lo.
Em definição física, o calor existe apenas como um conceito abstrato de transferência de energia. Ele é o fenômeno que ocorre quando energia térmica é transmitida de alguma forma de um objeto para outro, ou de um sistema para o ambiente e vice-versa. Em resumo, o calor depende da interação de dois objetos.
Se nós imaginarmos que o Sol fosse o único objeto no universo inteiro, uma vez que sua radiação fosse emitida, ela se propagaria indefinidamente pelo espaço (respeitando, é claro, as regras de expansão do universo). Desse modo, quanto mais passasse o tempo, menos concentração de energia luminosa estaria disponível por metro cúbico de espaço. No instante arbitrário em que a variação de tempo pudesse ser considerada infinita, não haveria mais nenhuma energia em todo universo, dado que o Sol já estaria morto.
Se ao invés disso, nessa realidade existisse além do Sol uma Lua também, quando a radiação solar atingisse o solo lunar, não se poderia dizer que a lua perceberia a energia transferida.
Em nossa realidade, contudo, nós existimos e a radiação solar nos atinge, e nós percebemos o quanto ela adiciona de energia aos nossos corpos. Quando a luz solar atinge um cadáver, nenhuma informação é gerada na consciência de humano algum, e, para descobrir que houve uma transferência de energia entre o Sol e o outro objeto inanimado, teríamos de submeter o cadáver à estudo. O único momento em que a energia seria reconhecida seria o momento em que um ser humano vivente descobrisse a sua história.
O que em essência essas palavras querem dizer é que um objeto inanimado por si só não é capaz de gerar informação. Voltando ao exemplo da partitura, temos que, por si mesma, a tinta numa folha de papel que em nossas mentes representa uma partitura não fornece nenhuma informação musical a nenhum tipo de receptor que não um ser humano educado em teoria musical! Da mesma forma, a existência da própria folha de papel não fornece nenhuma informação sobre si mesma a um ser vivo que não é capaz de compreender a função dela entre os outros objetos ao seu redor. É o mesmo caso de como levamos um consideração um grão de areia quando vamos à praia. O grão em si não existe, o que existe é a areia, e, em última instância, o que existe é “a praia”.
Ao entendermos uma folha de papel como “o que ela é”, estamos dando-lhe um significado que nós criamos e a partir desse significado a separamos do resto do universo. Não pensamos mais nela como um agregado de moléculas, e sim como um objeto maciço que serve para receber tinta. E da mesma forma fazemos com todos os objetos que tentamos conceber, muitas vezes generalizando, outras poucas vezes tentando focalizar o máximo possível na especificidade deles.
É por essa razão que, num universo onde existisse apenas o Sol e a Lua, a Lua não seria capaz de perceber o calor advindo do Sol. Não haveria, pois, nenhum significado ou conceito atrelado aos dois objetos. Como se pode dizer, afinal, que a energia que antes estava aprisionada em átomos de hidrogênio e que foi repelida numa explosão no interior do Sol deixou de ser caracterizada como “parte do Sol”? Certamente ninguém estaria lá para definir esses conceitos. A lei de equivalência entre massa e energia está lá pra comunicar que a natureza não se importa com a forma com que a existência se manifesta, ela continua sendo a mesma coisa que era antes.
Apesar de tudo isso, quando a energia solar nos atinge, um novo elemento é adicionado à equação. Não nos sentimos mais os mesmos, uma nova informação é então gerada. Não fomos nós que criamos o Sol a partir da nossa imaginação e através disso causamos a nós mesmos a sensação de calor, embora seja possível obter essa sensação a partir da imaginação, mas foi o próprio Sol que nos atingiu com sua energia e esta por sua vez foi capaz de estimular alguma alteração no nosso interior.
O Sol existe, mesmo que seja entendido apenas como um conceito abstrato até mesmo em nossas concepções científicas. Isso é fato dentro do contexto examinado nestas linhas, até aqui não se pôde provar o contrário. Contudo, aconteça o que acontecer com ele, o universo no interior e ao redor dele não sofrerá nenhuma alteração, a menos que essa alteração possa ser detectada. A variação de energia, a transmissão de energia precisa ser medida para que sua existência adquira significado. E, para efeitos de medição, ela só pode ser sentida. O calor, portanto, jamais existiria caso nós seres vivos não estivéssemos aqui para senti-lo.
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