Felicidade, amor, paz, alegria, realização, orgulho, honra, egoísmo, ódio etc etc etc, todos valores que devemos exercitar, e que cuja irrelevância, entretanto, não temos o direito de compreender.
Talvez haja um possível cenário longínquo em que formas de vida olhem para nós e nossos ideais com os mesmos olhos que lançamos à bactérias em placas de petri.
O nosso ideário é transiente, e se uma parte de nós permanecer por bilhões de anos muito semelhante a como é agora, como as bactérias o fizeram, os que virão depois se sentirão na liberdade de nos usarem em troca dos nossos ideais da mesma forma que fazemos com Escherichia coli em troca de açúcar. Nós conduziremos vidas completas sob desígnios impossíveis para nós ao menos imaginarmos que existam (não é exatamente isto que está sendo feito neste texto), desígnios daqueles que não ignoraram uma quantidade de conhecimento maior de uma realidade que se tornou ao mesmo tempo mais complexa.
Isso é que o está acontecendo, na verdade, e é o que sempre aconteceu. A única diferença é que não existe ninguém para definir algum desígnio, as coisas acontecem simplesmente sob a lógica da realidade, ou pelo menos essa é a explicação física até então satisfatória.
Do modo como vejo, ao menos, a lógica da realidade, que é um conceito inventado a totalmente inexistente, é suficiente para mover o universo através da sua sucessão de estados.
P.S.: Nutrir nossos ideais é extremamente importante, contudo. É o nosso nicho e isso tem quase tanta importância quanto a maioria dos bons poetas apontam. Só seria melhor não esquecer dos fatos, especialmente quando fazemos guerras por petróleo ou xenofobia.
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